segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Rest In Peace, Eusébio

Quando a morte chega sentimos-nos pequeninos, diminuídos, inuteis, tristes e iguais. Todos iguais perante uma realidade incontrolável que, por mais que saibamos que é o mais certo que temos, recusamos-nos a pensar. Metemos para dentro. Refugiamos-nos nas coisas boas da vida para não pensar no pior que a própria vida tem: a morte.
Para a morte não há estratos sociais, raças, etnias, religiões, nem nada que nos consiga distinguir enquanto seres. Ela não escolhe, apenas surge. Surgiu para o Eusébio.
A vida permitiu que 15 mil pessoas se concentrassem no Estádio da Luz para ver lhe fazer uma homenagem. Aqueles minutos em que o carro fúnebre deu uma volta ao estádio foi emocionante. Tanta gente unida, por uma única pessoa. Sem guerras, sem conflitos e sem ataques. Apenas um pensamento... o Eusébio. Naquele momento senti verdadeiramente a força que tem o pensamento, as emoções, os afectos, em cada um de nós e em todos nós, juntos. Vale a pena viver assim.




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