"Quatro dias antes do crime, Eliana
Sanchez soube que nunca mais ia poder estar sozinha com os filhos. Uma
decisão do tribunal que pode ter levado a mãe a assassinar os dois
rapazes e pôr fim à sua vida.
Além de a obrigar a entregar os
filhos ao pai, o tribunal proibiu a mãe de os visitar sem supervisão e
determinou que as visitas decorressem em casa de familiares. A decisão,
tomada faz hoje uma semana, tinha "efeitos imediatos", como confirmou ao
JN o Instituto da Segurança Social.
A proibição terá
desencadeado uma reação de Eliana Sanchez - uma professora de Artes
Visuais, de 40 anos, que já sofria de depressão - e as autoridades
pensam que pode ter sido isto a desencadear a tragédia, ocorrida em
Oeiras. A mudança de estado de espírito não passou despercebida junto da
vizinhança, logo no dia seguinte." (Ler mais aqui: Jornal de Notícias)
Esta história, idêntica a tantas outras, é triste.Torna-se ainda mais triste quando, ao ler a notícia completa nos apercebemos que não foi usada a palavrinha que às vezes até resulta: "Prevenção".
A primeira pergunta que me ocorreu foi... como é que depois de uma decisão destas, que obriga uma mãe a deixar de poder estar sozinha com os filhos, existindo já um historial de depressão, não se começa, imediatamente, um acompanhamento psicológico? Porque é que o tribunal não providenciou isto? Como é que não se pensa num desfecho destes? Como é que não se tenta evitar isto? (com tantos casos destes a acontecerem, diariamente!)
Se poderia ter acontecido isto na mesma se a senhora estivesse a ser acompanhada? Podia. Mas hoje olhávamos para trás e pensávamos que tinha sido feito tudo o que estava ao alcance para evitar. Assim, há pessoas como eu que ficam a pensar que poderia ter sido feito muito mais...