sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

E assim se perdem duas vidas



Ía escrever um texto meu, mas acho que tudo o que poderei neste momento escrever nunca irá ser tão representativo da minha opinião como o texto que encontrei e que irei publicar seguidamente:


"Começou ontem a saga da criança que alegadamente foi atacada por um cão, de raça considerada perigosa. Hoje, estou duplamente triste, pois dois seres vivos encontraram a morte. A criança morreu e o cão está no corredor da morte. Duplamente triste.

Muita gente, com certeza, vai espumar e ficar indignada com esta crónica. A raiva e a fúria toldam a razão. Primeiro, gostaria de não ter de escrevê-la, de todo. Depois, gostaria de a escrever noutras circunstâncias que não após a morte de uma criança. E isso acontece precisamente porque decidi não a escrever no calor do momento, quis esperar que o meu discernimento tranquilizasse e me permitisse tratar este delicado e triste assunto com justiça. Justiça para a criança e para o cão.

E para que a justiça impere é necessário saber o que realmente aconteceu. Nada se disse sobre isso. Em todos os noticiários os mais básicos critérios jornalísticos foram atropelados, não foram cumpridos. Aquilo que qualquer jornalista deve aprender na primeira lição de jornalismo falhou redondamente ao não serem respondidas as seis perguntas fundamentais: ficámos a saber “quem”, “quando” e “onde”, ficámos com sérias dúvidas em “o quê”, o “como” e “porquê” ficaram sem resposta, porque nem sequer foram questionados.

Após várias notícias em diversos meios de comunicação, continuei sem saber o que realmente tinha acontecido. Sabia apenas que “um cão” tinha “atacado uma criança de 18 meses em Beja”, que esse cão era da família e conviveu pacificamente durante nove anos, que a criança tinha um traumatismo crânio-encefálico, e que o cão fora levado para o canil onde será abatido após os oito dias legais. Como? Porquê? O que aconteceu?

De que forma o cão atacou a criança? Um traumatismo crânio-encefálico é geralmente fruto de uma queda/pancada. Se um cão como o referido, possante, atacasse alguém de forma viciosa e agressiva, principalmente uma criança, os ferimentos por laceração seriam graves. Só foi sempre mencionado o traumatismo.

É uma criança, é trágico e triste, mas isso não cessa o dever de questionar e informar acima de qualquer suspeita. Ninguém perguntou como foi o ataque? Em que circunstâncias e como ocorreu? Investiu agressivamente e mordeu? Correu para a criança, derrubando-a e fazendo com que batesse com a cabeça no chão, provocando o traumatismo? Como foi?

Foi esta a informação que tivemos.

Esta informação não me chegou, mas eu não sou a maior parte da população. Para a maioria, diria a esmagadora maioria, esta informação chegou e estava dito tudo o que era preciso ouvir: um cão atacou uma criança, que foi para o hospital em estado grave.

Procurei mais dados. No meio do jornalismo-papagaio encontrei finalmente uma notícia “quase” bem construída, pelo menos uma notícia que explicava relativamente os factos.

O cão afinal atacou a criança? Não.

“O animal pertence a um tio do menino, que vive na mesma casa com os pais e os avós da vítima. Em declarações aos jornalistas, o avô da criança, Jacinto Pinto, disse que o cão estava «às escuras» na cozinha da casa quando o menino foi àquela divisão e «caiu-lhe em cima» e o animal atacou-o. O que aconteceu «não tem explicação» porque o cão «era meigo», «sempre conviveu com crianças» e em nove anos de vida «nunca» antes tinha atacado ou feito mal a alguém (…)”, in www.publico.pt

“O miúdo caiu em cima dele e ele atacou”, são palavras de Linda Rosa, a veterinária municipal de Beja que adianta uma declaração incompreensível: “Como ou porquê ao final de nove anos de convivência com a família? Está na natureza de todos os cães, particularmente estes cruzados de raças potencialmente perigosas, como o pitbull”. Uma pérola de sabedoria nestas palavras.

Senhora veterinária, se a senhora fosse um cão, estivesse deitado num quarto às escuras e lhe caíssem em cima, mesmo que fosse um Yorkshire miniatura iria com certeza reagir!

Quando foi recolhido pela Câmara, e segundo o testemunho da veterinária municipal, o cão “estava bem tranquilo e não mostrou agressividade nenhuma”.

Não sou uma “dog person” e sinto muito respeito por cães possantes e de grande porte. Mas sei que o primeiro e principal problema comportamental da esmagadora maioria dos cães tem um nome: dono. E por coincidência, apesar de ter todas as provas de ser um animal dócil, Jacinto Pinto, o avô, confessou que estava “desejando” que o animal fosse abatido e que “há uma ano e tal” tinha ido à AMALGA (N.A. vulgo canil municipal) para o tentar abater, porque “não tinha condições para ter o cão em casa”. Palavras para quê…?

Na imagem, viu-se um cão com aspecto submisso e tranquilo, com a coleira de tal modo presa às grades que não conseguia mover a cabeça. Não se viu ponta de agressividade. E a mim, que tenho a péssima mania de pensar, tudo me parecia tão estranho, tão mal contado. E estava.

Compreendo a angústia dos pais da criança. A mesma angústia que sentiriam se o filho fosse empurrado por outra criança e caísse e batesse com a cabeça e ficasse gravemente ferido.

Que pena o cão não ter pais.

Que pena a criança ter morrido.

O cão, esse está no corredor da morte, e a sentença não estava dependente da sobrevivência ou não da criança, pois seria morto e ponto final. Não se trata de um violador de crianças cuja pena é mais leve se a criança abusada não morrer, e que é protegido por guarda policial, e que tem uma cela confortável onde não fica preso pelo pescoço.

O cão morreu no momento em que declararam o presumível ataque. Porquê? Alguém sabe? Alguém tentou saber?

Ah, já me esquecia… é só um cão.

E no meio de toda esta tragédia, de toda esta desgraça… como se deixa um bebé de 18 meses entrar sozinho numa cozinha escura onde está um cão a dormir…?"



Desconheço o autor, mas o que aqui está escrito representa na perfeição o que penso sobre este caso...

29 comentários:

  1. já há mais dados:

    "A autópsia concluiu que a morte se ficou a dever aos ferimentos provocados pela mordedura do cão, segundo disse ao PÚBLICO fonte do Instituto de Medicina Legal."

    mas a malta está a ignorar esta informação e a insistir no benefício da dúvida para com o cão... o q me parece uma insensibilidade extrema para com a morte de uma criança! (já agora, sabes como se chama a criança q morreu? é q do cão sabe-se tudo...mas da criança...)

    qto a isto:
    "E no meio de toda esta tragédia, de toda esta desgraça… como se deixa um bebé de 18 meses entrar sozinho numa cozinha escura onde está um cão a dormir…?"

    é até uma coisa mt fácil de acontecer e nada tem a ver com irresponsabilidade dos pais. não é uma questão de "deixar" o bebé de 18 meses entrar sozinho numa cozinha escura, é uma questão de ñ se conseguir evitá-lo, a menos q o bebé esteja constantemente acorrentado a um braço do pai ou assim. o q é impraticável.

    (cheguei aqui através do blog Pensando&Falando)

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  2. Andreia, não concordo quando fala em "insensibilidade extrema", pois até agora do que tenho lido sobre este caso nunca vi ninguém a desvalorizar a morte da criança, muito pelo contrário, ela é mencionada sempre com muito respeito e pesar, tanto por parte das pessoas “anónimas” q estão contra o abate do cão como por parte da Associação Animal q está a acompanhar o caso. Se reparar, no texto que coloquei, o autor refere-se várias vezes à criança e nunca de forma insensível. Na minha opinião é até de extrema sensibilidade não estar a favor da morte de mais um ser vivo.

    O nome da criança de facto não se sabe, mas penso que quem deveria ter dado essa informação eram os meios de comunicação que divulgaram a notícia... A questão da confidencialidade pode ter sido o motivo. De qualquer maneira, não sei o que poderia acrescentar ao caso saber o nome da criança, não a iria trazer de volta. Tal como também não sei o que acrescenta saber o nome do cão. Para mim essas são questões completamente indiferentes quando estamos a falar de vidas que se perdem ou estão em risco de se perder. Nem acho que, o facto de não se saber o nome do menino, seja indicador de se estar a dar mais importância ao cão.

    É fácil de acontecer deixar um bebé de 18 meses entrar numa cozinha onde está um cão a dormir? Um cão que, supostamente, segundo o avô da criança, já tinha mordido antes? Discordo mais uma vez. É verdade que não se pode prender uma criança, mas pode-se e deve-se evitar tragédias como esta e existem maneiras de se evitar. Se é fácil? Não, dá trabalho. Mas ajuda a que não aconteçam coisas como esta... Conheço quem tenha cães e crianças a habitar no mesmo espaço e tenha esses cuidados, diariamente. Muito mais quando se trata de um cão que já "atacou" antes. A responsabilidade é sim dos pais/cuidadores, não do cão, nunca do cão. O cão é o reflexo de quem cuida dele e uma das provas são as palavras do avô do menino que referiu que o cão estava fechado num espaço minúsculo. E ainda diz que não se podem precaver situações destas? Como não? Foi o cão a atacar, poderia ter sido uma faca, um objecto a cair-lhe em cima, entre outras coisas. Todas essas coisas podem acontecer mesmo tendo o máximo de cuidado, como é óbvio, mas neste caso não me parece que tenha havido o máximo de cuidado.

    Um animal, principalmente um cão, precisa de sair à rua, de correr, de brincar, de socializar, de se sentir saudável e acarinhado (tal como um ser humano). Considera que um animal que está diariamente preso (já para não falar das orelhas e do rabo que alguém lhe cortou) consegue sentir-se bem disposto e afável para com os outros? Acha que um animal nessas condições vai tratar bem os seres humanos? Não. Porque foram exactamente os seres humanos que o trataram mal e infelizmente paga sempre quem menos ou nenhuma culpa tem (neste caso a criança de 18 meses...).

    Se não há espaço nem tempo para se tratar bem de um animal porque é que as pessoas insistem em ter animais? Porque é que não pensam nisto antes de colocar um animal em casa? A responsabilidade de colocar um cão em casa é das pessoas, não é do cão. A responsabilidade de tratar bem do cão, é das pessoas, não é do cão. Tal como a responsabilidade de tratar bem de um filho, é dos pais, não do filho.

    Sou contra a morte deste animal que não escolheu esta situação, talvez se tivesse tido opção de escolha não estivesse ali.

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  3. Mas são opiniões e todos temos direito a ter uma.

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  4. Minha cara Andreia,
    Nem me vou prolongar muito sobre o caso do cão, pois trata-se de um animal que vivia em condições péssimas e que tinha um dono que já há mais de 1 ano que o queria mandar abater. Acho uma enorme piada à dualidade de critérios, quando um cão comete um crime o dono fica impune e o animal é abatido. Eu sei por experiência própria o que custa ter um cão e mante-lo educado pois tenho 3, cada um mais dócil que o outro. Quando é um humano a matar outro já se acredita na re-educação do mesmo e mete-se na prisão, porque não se mata o mesmo então?
    Já agora, gostaria de acrescentar que, se para si é normal um bebé de 18 meses andar a vaguear a casa sem qualquer supervisão então você vai ser uma péssima mãe, e em relação ao seu comentário "(já agora, sabes como se chama a criança q morreu? é q do cão sabe-se tudo...mas da criança...)" ignorando o facto da sua completa falta de educação ao tratar a autora do post pela 2ª pessoa do singular como se a conhecesse de algum lado, tenho a dizer que se o nome da criança não é conhecido, pode agradecer à comunicação social.

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  5. Calma, são opiniões, cada um tem a sua :)

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  6. O cão chama-se Zico, está na petição, está em tudo o q é associação de animais, aparece em programas de tv. Por outro lado, não se sabe o nome do bebé pois não se quis saber o seu nome. Obviamente q não me estou a referir aos meios de comunicação, nao lhes compete fornecer os nomes das vítimas; estou a referir-me sobretudo a quem se move contra o abate do cão. Desculpem mas isto é assustador.

    Podem-se ter cuidados redobradíssimos a vigiar uma criança, mas é impossível mantê-la debaixo de olho 24 horas, todos os segundos q compõem um dia. Há certas situações q não se podem precaver, não - é impossível. Nesta situação, bastariam 5 segundos de distracção. Peço desculpa, João Pedro, mas você não tem como saber se vou ou não dar uma péssima mãe, esses juízos ad hominem são escusados e profundamente ignorantes.


    Qto à dualidade de critérios, é simples: por acaso existem prisões para cães? O cão neste momento é considerado perigoso (aliás, ele já tinha atacado o dono mais do que uma vez, em q foi necessária intervenção médica), deve-se encarcerá-lo onde? O q é q sugerem, exactamente?


    Quanto ao tratamento "informal", sim dei-me a essa liberdade, isto é um espaço informal, ñ pensei q fosse preciso alguma cerimónia. Se foi considerado rude, então peço as mais sinceras desculpas - mas isso é algo q cabia à autora avisar-me, não ao Don Juan q parece q veio em salvamento da sua donzela indefesa.

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  7. Mais uma vez digo que não sei porque é tão importante saber o nome do bebé ou do cão. Porque deveriam as pessoas tentar saber o nome do bebé? Onde é que isso modifica o final desta história? E onde é que modifica saber-se o nome do cão? Percebo a indignação porque é a favor do abate do cão, mas não entendo porque é tão importante saber-se o nome das pessoas/animais envolvidos nisto. Esta é a parte que menos percebo em todo o seu discurso.

    Em relação a ser possível ou impossível precaver esta situação, já mencionei no comentário acima a minha opinião e os motivos.. não vou repetir. São opiniões. Eu não acho que seja melhor ou pior mãe por ter a opinião que tem sobre esta ou outra situação qualquer, não a conheço... esses juízos de valor eu não faço,nem seria possível saber uma coisa dessas apenas por esta conversa de blog. É preciso muito mais que isso para se saber se alguém daria boa ou má mãe...

    Tal como há reabilitação para as pessoas também há para os cães que atacam e é possível fazer essa reabilitação.. fazer treino com os cães, para voltarem a ser saudáveis. E.. não há prisões para cães? infelizmente há sim e não só para aqueles que atacam. Há prisões para cães que são abandonados e que nada de mal fizeram... chamam-se Canis. É exactamente numa dessas prisões que o cão está neste momento.

    Quanto ao tratamento "informal"... Eu não me pronunciei sobre isso porque não me incomoda minimamente! podeS tratar-me como quiserES lol. Eu estava indecisa entre tratar por tu ou você e saiu assim, apenas isso. Para mim é-me indiferente a maneira como me chamam, desde que não me ofendam. Não TENS de pedir desculpa!lol



    (E julgava eu que o meu blog não tinha leitores porque nunca havia comentários :) ...)

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  8. Cara Andreia,

    Por experiência propria, já tomei conta de uma criança com a mesma idade e não foi numa casa mas sim numa quinta na Madeira com material de trabalho e 2 cães de guarda.
    A criança foi sempre tratada com muita atenção, não é em 5 segundos de desatenção que uma criança com aquela idade foge do lugar onde está para ir para outro lugar. Um bebé com aquela idade tem ainda dificuldade e demora a se levantar e a se mover de um lugar para outro, não estamos a falar de um periodo de 5 segundos de desatenção mas sim algo mais proximo de 1 minuto.
    Há meios bastante faceis de se manter uma criança num espaço sem procurar os perigos de uma casa e havia um método bem fácil de tudo isto ter sido evitado por pessoas RESPONSÁVEIS que era simplesmente fecharem o cão "perigoso" num espaço enquanto o bebé estivesse solto pela casa.
    A responsabilidade deste caso é duplamente dos familiares, não só por não saberem educar o cão como também por não terem tido atenção com a criança.
    Está seriamente a perguntar se há prisões para cães? Como a dona do blog disse em cima temos cães presos cujo crime sabe qual foi? Serem abandonados. Estas instituições de correcção chamam-se canis. Aconselho-a a ir por exemplo à União Zoofila ver onde educam cães abandonados e que perderam a confiança nas pessoas e como tal afastam-se das mesmas e veja como eles se reintegram na sociedade.

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  9. Já agora, gostaria de mostrar como se fazem as coisas em países civilizados:
    https://www.gov.uk/control-dog-public/overview

    Multa até 5000 libras e / ou prisão até 6 meses se o cão estiver descontrolado em publico (magoar alguem ou deixar alguem com medo de o magoar ou magoar outro animal)
    Se deixar o cão magoar alguém é prisão até 2 anos e / ou multa.
    Se propositadamente mandar o cão atacar alguém é pena de prisão até 5 anos.

    Como dá para ver, os donos dos cães podem e DEVEM ser responsabilizados pelos actos dos seus animais.

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  10. Se acham mal ele ficar num canil (o q eu também acho, daí ser a favor do seu abate), então q vá lá alguém buscá-lo e q se responsabilize criminalmente por ele caso ele volte a matar alguém. Suponho q 30.000 pessoas, pelo menos, estarão dispostas a isso.

    "Tal como há reabilitação para as pessoas também há para os cães que atacam e é possível fazer essa reabilitação.. fazer treino com os cães, para voltarem a ser saudáveis."

    Partes do princípio de q os animais são iguais aos humanos. Não são. (entre taaantas outras diferenças fundamentais), um humano q comete um erro tem a capacidade de se arrepender dele e de aprender com ele. Um animal, não. E é preciso ter em conta q este cão levou uns bons anos de "maus instintos", a sua reabilitação é mais do q duvidosa. (nem sei como se reabilitaria um cão assim, tu sabes? ainda nao ouvi ninguém a falar de métodos)

    Quanto à punição dos donos, concordo em absoluto q devem ser punidos, tanto que isso está previsto na lei portuguesa. O abate do cão também está previsto na lei, nao por uma questão de justiça evidentemente, mas por uma questão de segurança.

    João Pedro, você lá sabe se quer continuar a insistir q o cão teve motivação para arrancar parte do cérebro de um bebé e q por isso deve ser "desculpado". Se o filho fosse meu, se eu neste momento estivesse a braços com a perda irreparável de um filho, eu não perderia tempo a penar pela vida do cão q o matou porque "oh, ele teve motivos, temos q compreender". É um cão, gente. Não se pode dar abébias a um cão descontrolado quando é a morte de uma vida humana q está em causa.

    p.s. - confesso q não sou leitora assídua do blog... vim cá parar por acaso, através de outro blog. fiz um scroll rápido e permiti-me a comentar este post q me pareceu demagogo.
    Nestas coisas não nos podemos deixar levar pelas emoções, temos q fazer uso da razão.

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  11. Ah e digo q não perderia tempo a penar pela vida do cão q tivesse morto o meu filho, mesmo q esse cão fosse meu e o acarinhasse profundamente. Iria custar-me, é claro, mas não hesitaria em abatê-lo.

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  12. Eu não parto do principio de que os animais são iguais aos humanos. Sei perfeitamente que não são, nem poderiam ser visto que ambos têm caracteristicas diferentes. Mas sei que tal como há profissionais que se encarregam da reabilitação de seres humanos, os psicólogos, também existe quem faça reabilitação de animais. Chama-se Psicologia Animal. Infelizmente é uma área que cá em Portugal não é ainda muito conhecida, mas ela existe e tenho esperança que se desenvolva mais para que consiga debruçar-se sobre este e outros casos como este. Se fossemos todos iguais existiria apenas uma psicologia, não teria sido necessária a criação da Psicologia Animal. É exactamente pq funcionamos de maneiras diferentes q ela existe.

    Um animal tem a capacidade de sentir culpa, tal como um ser humano. A diferença é que o animal não consegue expressar-se como um ser humano se expressa, mas tem outras formas de expressão em que se pode ver nitidamente que sente culpa. Mas eu não sou a melhor pessoa para falar disso, nem eu nem ninguém que não tenha conhecimentos suficientes sobre psicologia animal. Só um profissional poderia esclarecer melhor esta questão.. e até gostaria de ouvir um profissional dessa área falar sobre este e outros casos como este.

    Se a reabilitação de um animal não é possível, então como se treinam os cães para lutas de caes? partindo do teu pressuposto então tb não seria possível... por não serem iguais aos humanos. A realidade é que é possível e muita gente os treina e os utiliza para a maldade. Se isso é possível, penso que também é possível treiná-los para serem saudáveis e bons cães.

    É claro que os pais devem estar a favor do abate do cão, se fosse um filho meu eu possivelmente também estaria. A diferença é que eu não ía "educar" um cão para se tornar violento nem reunir condições para que isso acontecesse... Prevenia antes do mal suceder, se o cão fosse meu tal como nesta situação, claro.

    As pessoas que são contra o abate do cão não se estão a deixar levar pela emoção. Quem se está a deixar levar pela emoção são aqueles que querem a morte do cão, que não conseguem olhar para a situação de uma forma racional... só conseguem olhar para o facto de que uma criança inocente morreu e não têm discernimento para pensar em tudo o resto que está por trás disso.

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  13. Simplesmente porque é mais fácil tirar a vida do cão e arruma-se a questão para o lado. O problema continua. Amanhã é outra criança ou outro adulto a morrer e pronto, abate-se outro cão. O problema não é falado nem é discutido e continua a ser um problema. Infelizmente cá em portugal as coisas "resolvem-se" assim... Nunca se vai à base das coisas. É um dos motivos pelos quais estamos na sepa torta como estamos.

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  14. Gostava de saber como é q funciona essa reabilitação e, caso ela não resulte, quem é q se iria responsabibilizar por uma 2ª morte ou ataque. Era isto q eu gostava de ver, alguém q se chegasse à frente para tomar conta do cão, assumir as suas despesas e assegurar q ele não volta a pôr em risco a vida de mais ninguém. Quero alguém q meta as mãos no fogo por ele, q fique de consciência tranquila sempre q o cão se aproximar de alguém.

    Predispor um cão para o mal logo q ele nasça é uma coisa diferente de deseducá-lo depois de tanto ano com maus hábitos.

    Obviamente q o ideal seria este cão ter sido criado com melhores condições, num ambiente propício ao seu desenvolvimento saudável, mas o mal já está feito, morreu um bebé, o background do cão passa a ser completamente irrelevante. Ele deixou de ser controlável. Tornou-se perigoso para a segurança pública.

    E não, um cão não tem consciência moral q o faça arrepender-se dos seus actos. O cão age como tem de agir, não há nenhuma sopesação nem anterior nem posterior ao seu acto, nenhuma avaliação das consequências.

    "As pessoas que são contra o abate do cão não se estão a deixar levar pela emoção. Quem se está a deixar levar pela emoção são aqueles que querem a morte do cão, que não conseguem olhar para a situação de uma forma racional"

    Hm? Q emoções é q conduzem os defensores do abate do cão? O q é racional é entender a morte de um ser humano como algo MUITO mais dramático do q a morte do cão q matou esse ser humano. O q é racional é tratar da segurança pública, evitando q mais ataques como este ocorram. Não é racional defender q um cão permaneça vivo "porque ele deve ter tido motivos para atacar". (sim, é isto q se encontra na petição q mais de 30 mil pessoas assinaram)

    "Simplesmente porque é mais fácil tirar a vida do cão e arruma-se a questão para o lado. O problema continua. Amanhã é outra criança ou outro adulto a morrer e pronto, abate-se outro cão. O problema não é falado nem é discutido e continua a ser um problema. Infelizmente cá em portugal as coisas "resolvem-se" assim... Nunca se vai à base das coisas. É um dos motivos pelos quais estamos na sepa torta como estamos."

    Não, não se arruma a questão. Os donos devem ser responsabilizados e aliás o caso está nas mãos do Ministério Público para q se dê seguimento à responsabilização criminal. Podes dizer q há uma negligente fiscalização quanto à adopção de cães, isso eu compreendo e concordo inteiramente.
    No entanto, mesmo q este movimento todo contra o abate do cão sirva para reflectir sobre o problema das autoridades incompetentes q deixam qualquer besta adoptar um cão, a questão Zico não deixa de ser uma questão q tem q ser resolvida já. Diz-me uma solução melhor q o abate (q não envolva aprisionar o cão e sustentá-lo à custa dos contribuintes), e eu cederei à luta dos q estão a defender a sua vida com unhas e dentes.

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  15. Cara Andreia.

    Lamento mas isso são desculpas esfarrapadas. Há uma imensidão de casos de pessoas que cometem um crime e quando saiem voltam-no a cometer, são reincidentes e comprovam não ter cura, no entanto não são abatidas.
    Você é a favor da morte de criminosos reincidentes? Se não é então não percebo porque motivo um cão tem de ser morto por supostamente não ter cura, e um humano com um comportamento igual não segue o mesmo caminho.

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  16. As pessoas têm um sistema penal para lidar com elas. Sim, há criminosos q são abatidos (em países onde a pena de morte é aplicada), outros estão sujeitos a ficar a vida toda na prisão. Em qualquer um dos casos, há punição, há prevenção de crime, e a segurança pública fica restabelecida.

    "não percebo porque motivo um cão tem de ser morto por supostamente não ter cura, e um humano com um comportamento igual não segue o mesmo caminho."

    Não percebe o motivo? Para onde é q o cão vai sabendo q estamos perante uma ameaça à segurança pública? Quem é q vai sustentar um cão sabendo q ele pode voltar a matar ou a atacar um ser humano?

    Não percebe q há coisas muito mais importantes do q manter vivo um cão assim? Que pode pôr em risco a vida de um filho seu, ou de um sobrinho, somente por andar na rua?

    Há crianças a passarem fome, há pessoas a receberem ordenados e reformas miseráveis, no entanto você acha q uma das nossas prioridades deverá ser a de salvaguardar a vida de cães q se tornaram um perigo para a sociedade? Com o dinheiro dos contribuintes?

    Isto parece-lhe fazer sentido?

    Diga-me: você é capaz de ir lá buscar o cão e responsabilizar-se criminalmente por ele? Ou é mais um dos milhares q alega "se pudesse, ficava com ele...mas não tenho condições". Pois, q conveniente...

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  17. Cara Andreia,

    "Há crianças a passarem fome, há pessoas a receberem ordenados e reformas miseráveis", no entanto esta país gasta anualmente cerca de 15 milhões de euros a alimentar os criadores de touros de morte.
    Bela hipocrisia. Alimentamos os animais humanos prisioneiros que nenhuma utilidade têm para a sociedade e são reincidentes, alimentamos aqueles que fazem criação de touros para os matarem para entretenimento das pessoas, isto enquanto a vida animal é completamente ignorada e um animal tem uma hipotese na vida e se comete um erro está morto.
    Pergunta-me se eu era capaz de ir buscar o cão e responsabilizar-me pelo mesmo. Teria de conviver com o mesmo e estuda-lo psicologicamente para decidir se seria possivel, isto caso tivesse essa possibilidade, algo que não tenho devido a viver num apartamento e já ter 3 cães.
    Você que se preocupa tanto com as pessoas que vivem com pouco dinheiro e as crianças que passam fome, quando foi a última vez que fez trabalho voluntário para ajudar as mesmas criancinhas que tanto defende?
    Já foi à rua levar comida a um sem abrigo?

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  18. Já agora, só gostaria de corrigir umas coisas...

    "As pessoas têm um sistema penal para lidar com elas. Sim, há criminosos q são abatidos (em países onde a pena de morte é aplicada), outros estão sujeitos a ficar a vida toda na prisão. Em qualquer um dos casos, há punição, há prevenção de crime, e a segurança pública fica restabelecida."

    Nº1 Em Portugal ninguem está sujeito a ficar a vida na prisão já que a pena máxima é de 25 anos.
    Nº2 A segurança pública nem sempre fica restabelecida, somos o país fantástico das liberdades condicionais.
    Uns pequenos exemplos:

    1º) "A Polícia Judiciária deteve o alegado autor da violação e agressão violenta de uma mulher de 77 anos, do bairro do Zambujal, Amadora, que veio a morrer na quarta-feira, no Hospital São Francisco Xavier, em consequência dos ferimentos infligidos.
    O detido, de 32 anos, e que se encontrava em liberdade condicional, está indiciado pelos crimes de homicídio, violação e roubo e será ouvido esta quinta-feira por um juiz de instrução criminal para aplicação de medidas de coacção."

    fonte: http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/zambujal-amadora-violacao-tvi24/1275526-4071.html

    2º) "A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem de 33 anos suspeito de tentar matar duas pessoas - uma professora no Algarve e um agricultor em Espanha - e de ser o principal responsável por uma vaga de roubos violentos durante o verão, informou esta terça-feira fonte policial.
    De acordo com a agência Lusa, o detido, considerado perigoso e que se encontrava em liberdade condicional no âmbito de processos de roubo e de tráfico de droga, está indiciado por dois crimes de homicídio na forma tentada e quatro de roubo, cometidos entre julho e agosto em quatro localidades algarvias."

    fonte: http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/crime-homicidio-tvi24/1373787-4071.html

    3º) "Thiago Mendes Dias, um jovem que pertenceu à equipa de atletismo do Boavista, tem para cumprir cinco anos de prisão referentes a duas penas por violação, mas está em fuga, tudo indica no Brasil. O predador, de 27 anos e que tem dupla nacionalidade (portuguesa e brasileira), foi libertado há um ano pelo Tribunal de Vila Real, depois de conhecer a última condenação.
    O juiz disse que não havia perigo de fuga, mesmo tratando-se de alguém que caso regressasse ao país onde nasceu nunca poderia ser extraditado. Alegou ainda que não havia risco de continuação da atividade criminosa - apesar de o predador sexual ter chegado a entrar na PSP de Vila Real para pedir ajuda. Dizia não conseguir parar de violar."

    fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/ex-atleta-violador-e-libertado-e-foge

    Portanto temos um sistema judicial em Portugal que não garante a segurança pública, não garante o cumprimento da justiça e que é completamente extremista no que se trata da aplicação das leis.

    Foi apanhado o condutor que em Vila Real arrastou um cão na traseira do seu carro, sabe qual vai ser a punição do mesmo? Multa de 500 a 3.640 euros, sendo que o normal é a aplicação da multa ser de 500 euros.

    Ainda fala você de justiça?
    Citando o sr. Paulo Badaia, "Em que país do mundo se pode falar em justiça quando, no mesmo dia em que se juntam em sessão solene os todo-poderosos magistrados, juízes, advogados e políticos, os tribunais sentenciam que um sem-abrigo deve pagar uma multa dez vezes superior ao que tentou roubar num supermercado e mandam em liberdade, com pena suspensa, um homem que abusou reiteradamente de uma criança de 13 anos?"

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  19. "Você que se preocupa tanto com as pessoas que vivem com pouco dinheiro e as crianças que passam fome, quando foi a última vez que fez trabalho voluntário para ajudar as mesmas criancinhas que tanto defende?
    Já foi à rua levar comida a um sem abrigo?"

    Pela forma condescendente como fala (os níveis são assustadores em si), estou capaz de apostar q você consegue ignorar esses flagelos socias com a maior das naturalidades mas não passa sem a dotação mensal para a União Zoófila. Quem é q quer saber de crianças a passar fome ou do número crescente de pobres em Portugal? Afinal de contas, vivemos num estado hipócrita, não é? Então viremo-nos para os animais e tudo o resto q se lixe!
    É tal qual como você pensa, não é?
    Deixe-me dizer-lhe q esse tipo de pensamento faz temer aqueles q cá andam a tentar realmente melhorar alguma coisa e q ajudam da melhor maneira q podem. Pessoas como você são contraproducentes, numa sociedade q tem tanto para mudar.

    Olhe, já fui vítima de uma aplicação errada de justiça neste país, mas isso não me tornou uma anti-sistema remediada q encontra em tudo um bode expiatório só para poder apontar todos os seus males, não, faz-me querer MELHORÁ-LO. Pelo menos no q está ao meu alcance. Por experiência posso garantir-lhe q essa sua postura não o vai levar a lado algum. Não perca tempo e saúde nisso. E aja, mas é.

    A justiça falha, é verdade, não é perfeita, nem aqui nem em lado nenhum, mas não será por isso q se deve defender a vida deste cão. O facto de haver erros na prática da justiça não é motivo para deixar passar mais uns quantos erros. Você não deve compreender a imbecilidade q isso é. Você é contra esta justiça no entanto não se importa de compactuar com ela quando lhe é conveniente. Você fala, fala, no entanto, se estivéssemos a falar de um ser humano, você não hesitaria em sentenciar-lhe a pena de morte e fazer NEXT (como qualquer fanático por uma causa). Tenha mas é escrúpulos e algum sentido humanista. E veja lá se a hipocrisia também não lhe cabe...

    Começo a perder a esperança de encontrar um dog loverzito com um pingo de racionalidade. Só querem é q o cão se salve, seja lá a q custo for, mas o cão não pode morrer! E pensar um bocadinho mais além, nas consequências, nos custos, não... isso parece q é difícil. Se ele vai para casa de alguém e volta a atacar, o q é q se faz? Você estaria disposto a ir para a prisão pelo seu cão? Ou aí iria agradecer o facto de a justiça em Portugal não ser tão justa como deveria ser?

    Veja lá se percebe q isto nada tem a ver com direitos dos animais. A luta não passa pelo caso Zico, passa por casos como esse q referiu sobre o homem q arrastou o cão pela traseira do seu carro. Aí sim, a indignação é perfeitamente legítima. Mas neste caso, a questão já é outra completamente diferente.

    É de referir q tudo o q digo é à luz das declarações emitidas q alegam q houve ataque de cão. Se se vier a descobrir q afinal não houve qualquer ataque, obviamente q a minha postura é integralmente revista.

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  20. Então explique-me lá de que forma conseguiu melhorar a aplicação de justiça e a forma como a vida neste país melhorou tão drásticamente graças a si, que estou extremamente interessado em saber.
    Se eu sou contraproducente é porque você já deve ter tido um impacto fantástico para a vida humana, não é?
    Vivemos num suposto estado democrático onde se recusam determinantemente a fazer um referendo que seja sobre as touradas por mais petições que sejam feitas, incluindo uma que foi realizada no site do governo onde as pessoas colocam petições e as que tiverem mais votos são expostas na assembleia da republica e a vencedora de colocar fim às touradas foi ignorada.
    De qualquer forma tenho a certeza que você votaria (se sequer se desse ao trabalho de votar) a favor das touradas já que é preciso ter "sentido humanista" e o divertimento de um numero limitado de humanos é mais importante do que uma vida animal tirada em público somente para gáudio das pessoas.
    Para além disso não percebo como me acusa de ser condescendente quando aquilo foi somente uma resposta à sua acusação de que eu falo de defender um animal mas não faria nada pelo mesmo. "Pois, q conveniente..." foram as suas palavras, se eu fui condescendente você foi o quê?
    Portanto eu sou condescendente, contraproducente, hipocrita e irracional, mas tenho a certeza que você é uma joia de moça, por isso vou concluir por aqui o meu texto que tenho coisas mais importantes que fazer com o meu tempo.
    Só para sua informação, para além da União Zoofila eu também ajuda a AMI, no entanto acho na mesma que a justiça deve ser para todos e não só para os humanos só por se acharem superiores.

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  21. Cada pessoa tem a sua opinião e ainda bem que vivemos (por enquanto!) num país democrático onde - ainda - não nos é totalmente bloqueado o direito a expressá-la. Ninguém, por ter a opinião que tem, deve ser considerao inferior ou superior, porque ninguém é dono da verdade.
    São opiniões!

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  22. João Pedro,
    você está histérico. Põe na minha boca coisas q eu não disse (nem sequer remotamente), nao responde às minhas perguntas, vitimiza-se, enfim, discutir racionalmente consigo é uma coisa para lá de impossível, está visto.

    "Para além disso não percebo como me acusa de ser condescendente quando aquilo foi somente uma resposta à sua acusação de que eu falo de defender um animal mas não faria nada pelo mesmo. "Pois, q conveniente..." foram as suas palavras, se eu fui condescendente você foi o quê?"

    Para rematar: eu fui curiosa, pq estou mesmo interessada em saber qual a solução q os defensores do cão propõem, para além de "o cão não pode morrer". Se se pergunta em q moldes deve a reabilitação ser feita, quem é q a suportaria, o q aconteceria se corresse mal e outra vida se perdesse, se se estaria disposto a ir para a prisão pelo cão - a isso ninguém quer responder.
    A sua condescendência ficou bem definida quando escarneceu do meu contributo para a sociedade, como se eu fosse a estupidazinha q primeiro pensa nos HUMANOS e só depois nos animais, como se eu é q tivesse os valores invertidos. Você foi condescendente com os flagelos socias deste país, e isso é assustador.


    Patrícia, o q é q te leva a pensar q a nossa democracia está em vias de extinção? Falas como se no próximo mês irá ser-nos retirada a liberdade de expressão.
    E sim são opiniões, é verdade, e as opiniões devem ser confrontadas e debatidas.

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  23. Já estivemos muito mais longe de nos retirarem a liberdade de expressão. Quando nos deparamos com situações como cargos profissionais postos em causa ou mesmo retirados apenas por se defenderem e partilharem opiniões em redes sociais começamos a pensar que a democracia deste país já esteve em melhores condições.

    Este é só um exemplo... talvez o mais escandaloso que tive o desprazer de ter conhecimento nos últimos tempos.

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  24. Cara Andreia:

    Aqui estão excertos do seu texto em que me acusa de tudo o que lhe falei:

    Condescendente: "Pela forma condescendente como fala (os níveis são assustadores em si)"
    Contraproducente: "Pessoas como você são contraproducentes, numa sociedade q tem tanto para mudar."
    Hipocrita: "Você é contra esta justiça no entanto não se importa de compactuar com ela quando lhe é conveniente."
    Irracional: "Começo a perder a esperança de encontrar um dog loverzito com um pingo de racionalidade."

    Em relação à sua propria vitimização "...como se eu fosse a estupidazinha q primeiro pensa nos HUMANOS e só depois nos animais, como se eu é q tivesse os valores invertidos." tenho de lhe informar que ninguem aqui a atacou por defender os humanos acima dos animais, pelo contrário você é que atacou os defensores dos animais como se não tivessem esse direito.
    Já que gosta de falar de direitos e liberdades, tenho o dever de a informar que exerceu erradamente o seu direito à liberdade de expressão, pois ao usa-lo para atacar as ideias dos defensores dos animais está a violar o artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos: "Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos."
    Chamo atenção para o excerto do texto que se refere à liberdade de manifestar a religião ou CONVICÇÃO. Ora se eu gozo de uma total liberdade de priorizar os flagelos que afectam a vida animal, como está bem definido, o mesmo não se pode dizer da sua liberdade de expressão, artigo 19, quando ataca as minhas convicções já que entra em claro conflito com o artigo 30.
    Artigo 30: "Nenhuma disposição da presente declaração pode ser interpretada de maneira a envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a alguma actividade ou de praticar algum acto destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados."
    Já que defende tão afincadamente os direitos humanos, tem aqui aqueles aos quais também eu tenho direito.
    A única coisa aqui em causa é o artigo 3 que define que "Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal."
    Ora é verdade que o cão em questão violou este direito e tem de ser punido pelo acto que cometeu, no entanto tudo aquilo que o mesmo animal passou entra igualmente em clara violação da Declaração Universal dos Direitos dos Animais . Ora aí é que entra o grande problema. Apesar de existir esta declaração para defesa dos animais, a mesma está desde 2003 a ser discutida para ser reconhecida pelas Nações Unidas.
    Ao contrário do que você pensa, o facto de eu defender os direitos dos animais não significa que ignore os direitos das pessoas, simplesmente é ridiculo ver pessoas que ignoram os direitos dos animais sem punição e se um animal responde é logo morte.
    Temos agora o caso em Aveiro de um grupo de bandidos que entrou na AFECTU e para além de vandalizarem as instalações, roubaram vários artigos para os animais e agrediram os mesmos. Ora seguindo os mesmos critérios, as agressões aos animais passam impunes, no entanto se qualquer um dos animais respondesse às agressões com uma dentada seria punido com pena de morte. Lamento mas para além de ser complicado de perceber, principalmente neste caso, quem é o homem e quem é o animal, ainda somos confrontados com esta amostra de justiça ridicula.

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  25. E depois ainda vem o Sr. Daniel Oliveira dizer esta frase completamente ridícula: "a vida do humano mais asqueroso vale mais do que a vida do animal doméstico de que mais gostamos. Sempre".

    Com esta frase mostrou o que é.
    Nem há comentários possíveis para pensamentos como este. lol

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  26. Olá Patrícia.

    Acredita, esse senhor se calhar preferia salvar um tal de Adolf Hitler cujos actos levaram à morte de mais de 60 milhões de pessoas numa guerra de 6 anos do que um animal que não fez mal nenhum já que aparentemente a vida dele valeria menos do que a de qualquer humano, ou por exemplo Joseph Stalin, cuja perseguição levou à morte de mais de 1 milhão de pessoas acusadas dos mais variados crimes politicos. Para quê apontar o dedo à igreja católica romana, cuja inquisição levou à morte de milhares de pessoas, só em Portugal foram mais de mil, e na Saxônia, só pelas mãos do fanático Benedict Carpzov custou a vida a cerca de 20 mil pessoas acusadas de bruxaria? Quem salvaria a vida a um inocente animal doméstico quando poderia salvar a vida a tais pessoas que contribuiram com tanto?
    Tem piada que depois os defensores dos animais é que são radicais...

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  27. "Este amiguinho de nome Tigre foi abandonado no Hospital de Gaia, a amiga Sandra Magalhães não conseguiu ficar indiferente e levou-o para uma clinica veterinária, descobriram que estava chipado, quando confrontado o dono afirmou que não conhecia o cão e que não o queria. Em contacto com o dono o Tigre apresenta medo, o que nos faz acreditar que era mal tratado, tem inclusivé marcas de estar acorrentado."

    Perante esta situação de claro abandono a justiça nada irá fazer... e os animais é que estão errados... sempre!

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  28. lol é apenas um animal João. É assim que muita gente pensa.

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  29. http://extra.globo.com/casos-de-policia/baba-flagrada-por-cameras-de-condominio-agredindo-cadela-policia-investiga-caso-7452798.html

    A parte do video com a agressão começa aos 2:23
    Adorava ouvir o comentário da Sra. Andreia a este caso. Que seria desta cabela se depois da brutalidade a que foi sujeita voltasse e mordesse a pessoa que a maltratou? Pois é... triste mundo este em que um animal maltratado nem tem a opção de se defender, caso contrário vem aí a "justiça" e é pena de morte para o animal e "coitadinha" da pessoa que foi mordida...

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